Por G1


Homem ao lado de um dos destroços do avião da companhia Saratov que caiu perto de Moscou — Foto: Maxim Shemetov/Reuters

O comitê que investiga o acidente com o avião russo da Saratov, que matou 71 pessoas, declarou nesta terça-feira (13), após avaliar os dados das caixas-pretas, que a queda da aeronave aparentemente ocorreu devido ao congelamento das sondas medidoras de velocidade.

O acidente pode ser explicado por "dados de velocidade incorretos recebidos pelos pilotos, o que pode aparentemente estar vinculado à formação de gelo nas sondas, cujo sistema de calefação estava desligado", afirmou o Comissão Interestadual de Aviação russo em um comunicado, segundo a Reuters.

De acordo com a Associated Press, a investigação sugere que houve falha dos pilotos em ligar a unidade de aquecimento dos medidores de pressão antes da decolagem.

A agência diz ainda que os pilotos colocaram o avião An-148 no piloto automático após saírem do aeroporto de Moscou, mas voltaram a assumir o controle manual quando viram os dados conflitantes de velocidade.

O comunicado do comitê afirma que "uma situação especial começou a se desenvolver 2 minutos e 30 segundos após a decolagem, a uma altitude de 1.300 metros e com o indicador de velocidade mostrando 465-470 km/h".

O avião caiu em um campo coberto de neve seis minutos depois da decolagem, matando 65 passageiros e seis tripulantes.

Sem sobreviventes

Partes do avião que caiu neste domingo (11) nos arredores de Moscou — Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

O voo decolou as 14h21 (9h21 em Brasília) do dia 11 do aeroporto Domodedovo, na capital russa, com destino a Orsk, a cerca de 1.700 km de Moscou e perto da fronteira com o Cazaquistão. Quatro minutos depois, perdeu contato.

A aeronave, de modelo Antonov AN-148, levava 65 passageiros e seis tripulantes. Não houve sobreviventes. No momento do acidente, a temperatura era de -4ºC.

Fragmentos da aeronave foram encontrados no solo coberto de neve no distrito de Ramesnky, pertencente a Moscou.

Avião cai com 71 a bordo na Rússia — Foto: Juliane Monteiro/G1

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